terça-feira, 6 de janeiro de 2015

ESPORTE UBÁ.MG - FUI...MAS TAMO JUNTO! - THURU DAVI -

"Galera, de volta na área pra nossa resenha semana aqui no mais visitado, desejando que tenha havido um espaço para preces, agradecimentos e reflexões nas festas de fim de ano.

Novos rumos
Pois é, galera, como não é segredo pra ninguém,  eleições  significam  trocam de comando, quase sempre em busca de novos rumos. Digo “ quase sempre” é porque muitas das vezes também acontecem mudanças só pelo prazer de retirar quem ta indo bem, só pra agradar a algum correligionário.
Na política é assim, mas no esporte também.  No nosso contexto aqui, no entanto, no qual me direciono especificamente ao Industrial F.C.  o objetivo das mudanças ocorridas no pós-eleições  parece ter sido em busca de novos rumos mesmo. Na verdade, eu penso que não precisava  mudança, talvez um acerto, uma correção  de alguns pontos que estivessem destoando  dos projetos da nova diretoria do clube, agora tendo o ex-zagueiro Pezinho na presidência. Mas  (na verdade) eu não vivo o dia a dia do clube, portanto, são apenas colocações opinativas.
Já antes de ser eleito o Pezinho , me me dizia que faria mudanças no comando das bases  industrialinas, e que o Arnaldo não seria mais o responsável pela garotada. E como notícia ruim anda em lombo de gazela, antes mesmo de ele me dizer isto, o próprio técnico Arnaldo já me dissera que estava de saída do Parmão, e que estaria indo de mala e cuia pro Olaria.
O Pezinho é meu parceiro de tempos, a gente jogou junto muito anos no próprio Industrial e no Derminas, num ano em que o time do DER resolver montar uma equipe mais  forte pra competir com Aymorés e Bandeirante, inclusive trazendo jogadores do Rio de Janeiro e outras pratas, que como os dos rivais, moravam  em hotéis ou casas alugadas pra isto.
À princípio, o Pé me disse que ele mesmo iria tocar o trabalho das bases, mas eu já ouvia rumores de que o substituto do Arnaldo seria o  também  ex-zagueiro Binha, com quem joguei também, embora seja de outra geração. Mas apesar de eu ser amigo particular dos dois, não consigo prever ou visualizar os efeitos das mudanças.
Primeiro no Indu, porque pelo que acompanho do nosso futebol, a garotada lá e mesmo os pais gostavam do trabalho do Arnaldo. Não sou de enganar, por isto, digo que não era como o que o Ozório fazia. Mas, por outro lado, quando o “Zô” começou lá  era devagar também, e  precisou de tempo pra vencer , e ser hoje  o número um dos técnicos de bases da cidade.  Acho que o Pezinho poderia ter tentado algumas mudanças, mas mantido o Arnaldo, pra evitar um recomeço, que é sempre difícil, principalmente neste contexto, onde os técnicos precisam conquistar a confiança dos pais. E quando se trata de entregar seu filho pra alguém ensinar seja o que for, a confiança é imperativa.
Não  tô desvalorizando e nem descredenciando o trabalho do Binha, mas isto da confiança é uma realidade, e eles próprios sabem disto. Sei  que cada presidente tem sua equipe de trabalho preferida, mas também sei, pelo tempo de estrada, que a manutenção por um período de quem ta na atividade pode ser muito útil. Tanto para que o sucessor possa observar o trabalho que vai fazer, quanto para, de repente, perceber que talvez não seja preciso mudar, mas apenas, moldar.
Mas a mensagem final é de boa sorte, tanto para o Binha no Parmão, quanto para o Arnaldo no  Olaria. Afinal, quando garoto joguei nos dois, e são meus times também. Fui...mas tamo junto!